A beleza de um jardim consiste no colorido das suas FLORES, não na homonegeidade
Conversa no MSN, anteontem à noite:
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flor says:
nem me digas. olha k ja perdi o jeito
marta says:
de que?
flor says:
de falar dEle
flor says:
e se calhar de o viver
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A “flor” (continuemos a chamar-lhe assim), é uma das minhas melhores amigas, conhecemo-nos acho que desde sempre... Frequentámos a mesma turma, partilhámos alegrias, emoções, segredos, experiências, vivências. Uma das riquezas que comungámos foi o nosso “sim” em abraçarmos a festa de fazer Catekese.
Talvez por isso eu tenha recebido com admiração este “perdi o jeito de falar dEle, de O viver”...
Mas, vendo bem, o que é certo é que os desafios na vida, as decisões que têm que ser tomadas “em cima do joelho”, a família, a profissão, a conjectura ecnómico-social, etc, atiram-nos para realidades que cada vez mais nos conduzem a sentimentos de insegurança e instabilidade, interferindo fortemente na (des)centralidade de Cristo na vida de cada um de nós.
Este afastamento progressivo de Deus, este desinteresse gradual pelas coisas que não se vêem, começam a ser uma realidade cada vez mais comum... E a “flor” não foi excepção... Recordo agora uma frase que ouvi no Dia Diocesano do Catequista e que na altura me quis parecer exagerada: “Ser agnóstico está na moda”.
E perguntamos: como é que isto acontece?
Será que se “perde o jeito” de ser testemunho? Perder-se-á o “jeito” de viver em Deus?
Porque é cada vez mais comum o ”Não sei, não sei, é melhor não arriscar...!” ?
Bom, a verdade, é que, a irmos na conversa do “não sei”, bom, então não sabemos muitas coisas!
Deixa cá ver... como, por exemplo, não sabemos porque não faz sol todos os dias;
Não sabemos quantos de nós estarão aqui amanhã a ler este post;
Não sabemos até o porquê desse amor tão grande que Deus tem para connosco...
E vendo todos estes “não sei”, urge chegar o momento de também nós não sabermos... de não sabermos ficar calados :-)
A sério!
Há-que cortar o mal pela raíz” - não da “flor”, claro! :-))
E como lá diz o ditado que “Metade da obra tem feito quem começa bem e com jeito”, lá estamos nós às voltas com a temática da “Iniciação Cristã”, do “Despertar Religioso”, da “Catekese d Adultos”, das “Novas formas d Catekese”... São abordagens que não é por acaso que começam a fazer sentido dentro dos actuais pressupostos.
Urge pois estabelecer um encontro pessoal com Jesus... sem medo, sem meros ritualismos, sem vergonha, mas também sem exibicionismos. Uma experiência individual autêntica que proporcione e impulsione a experiência comunitária...
Urge uma catequese de aprofundamento, de amadurecimento, de querer saber mais, de estar esclarecido...
Urge a autenticidade, o sentido de compromisso... comigo, com o outro, com a comunidade, com Deus...
Urge uma atitude de fé radical, de confiança total.
Bom, e hoje fico por aqui...
