sexta-feira, setembro 23, 2005

A beleza de um jardim consiste no colorido das suas FLORES, não na homonegeidade

Conversa no MSN, anteontem à noite:

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flor says:
nem me digas. olha k ja perdi o jeito
marta says:
de que?
flor says:
de falar dEle
flor says:
e se calhar de o viver
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A “flor” (continuemos a chamar-lhe assim), é uma das minhas melhores amigas, conhecemo-nos acho que desde sempre... Frequentámos a mesma turma, partilhámos alegrias, emoções, segredos, experiências, vivências. Uma das riquezas que comungámos foi o nosso “sim” em abraçarmos a festa de fazer Catekese.

Talvez por isso eu tenha recebido com admiração este “perdi o jeito de falar dEle, de O viver”...

Mas, vendo bem, o que é certo é que os desafios na vida, as decisões que têm que ser tomadas “em cima do joelho”, a família, a profissão, a conjectura ecnómico-social, etc, atiram-nos para realidades que cada vez mais nos conduzem a sentimentos de insegurança e instabilidade, interferindo fortemente na (des)centralidade de Cristo na vida de cada um de nós.

Este afastamento progressivo de Deus, este desinteresse gradual pelas coisas que não se vêem, começam a ser uma realidade cada vez mais comum... E a “flor” não foi excepção... Recordo agora uma frase que ouvi no Dia Diocesano do Catequista e que na altura me quis parecer exagerada: “Ser agnóstico está na moda”.

E perguntamos: como é que isto acontece?

Será que se “perde o jeito” de ser testemunho? Perder-se-á o “jeito” de viver em Deus?

Porque é cada vez mais comum o ”Não sei, não sei, é melhor não arriscar...!” ?

Bom, a verdade, é que, a irmos na conversa do “não sei”, bom, então não sabemos muitas coisas!

Deixa cá ver... como, por exemplo, não sabemos porque não faz sol todos os dias;

Não sabemos quantos de nós estarão aqui amanhã a ler este post;

Não sabemos até o porquê desse amor tão grande que Deus tem para connosco...

E vendo todos estes “não sei”, urge chegar o momento de também nós não sabermos... de não sabermos ficar calados :-)

A sério!

Há-que cortar o mal pela raíz” - não da “flor”, claro! :-))

E como lá diz o ditado que “Metade da obra tem feito quem começa bem e com jeito”, lá estamos nós às voltas com a temática da “Iniciação Cristã”, do “Despertar Religioso”, da “Catekese d Adultos”, das “Novas formas d Catekese”... São abordagens que não é por acaso que começam a fazer sentido dentro dos actuais pressupostos.

Urge pois estabelecer um encontro pessoal com Jesus... sem medo, sem meros ritualismos, sem vergonha, mas também sem exibicionismos. Uma experiência individual autêntica que proporcione e impulsione a experiência comunitária...

Urge uma catequese de aprofundamento, de amadurecimento, de querer saber mais, de estar esclarecido...

Urge a autenticidade, o sentido de compromisso... comigo, com o outro, com a comunidade, com Deus...

Urge uma atitude de fé radical, de confiança total.

Bom, e hoje fico por aqui...

3 Comments:

At 27 setembro, 2005 20:05, Anonymous Anónimo said...

D� que pensar... at� que ponto � que eu sou cat�lico por ser ou se o sou verdadeiramente em Jesus

 
At 28 setembro, 2005 10:21, Blogger Paula said...

Marta, por vezes esse sentimento é normal de acontecer. Para se manter é necessário que o nosso relacionamento íntimo com Deus, através de Jesus, nos vá enchendo dia-a-dia. Um beijinho para ti!

 
At 30 setembro, 2005 00:12, Blogger José Avlis said...

Cara Irmã Marta

Gosto muito do teu Blogue, que também, se não te importas, é um pouco de todos nós, Cristãos e Católicos, que o lemos, que o compreendemos, que o apoiamos, ainda que em surdina ou silêncio.

A tua Catequese chega efectivamente a todo o mundo, a todos os corações, virtual e/ou potencialmente falando, excepto àqueles que advertidamente fecham os olhos ou tapam os ouvidos, infelizmente.

Por tudo isso, estás de parabéns, e peço a Deus que não desistas, tal como eu mesmo não devo desistir, apesar de sentir muitas resistências e tentações malignas nesse sentido.

Bem no fundo, acho que a maioria das pessoas faz ou tenta fazer o seu melhor, com os talentos que Deus lhes confiou, embora por vezes errónea ou egoistamente, ou pior ainda com bastante desperdício, a começar por mim mesmo, que Deus nos perdoe.

Por isso mesmo, devemos rezar e padecer activa e frequentemente uns pelos outros, sobretudo pelos nossos familiares, amigos e inimigos, pelos que mais precisam, mormente por todos aqueles que se encontram em maior perigo de eterna condenação.

Muito temos fazer, mas devemos começar sempre por nós mesmos, com a Graça de Deus, de contrário nada conseguimos.

Saudações cristãs e fraternais reconhecidas.

J. Mariano

P.S.: Embora tardiamente, retribuo assim a tua amável visita ao blogue "Nova Evangelização Católica"
http://nova-evangelizacao.blogspot.com

 

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