quarta-feira, agosto 16, 2006

“Assim que compreendi que havia Deus, soube que não poderia fazer outra coisa mais que viver para Ele.” (Charles de Foucault)

Aos 27 anos, começo a questionar-me mais seriamente sobre o que a Igreja realmente quer de mim. Felizmente, não tenho que mercar nem mendigar em lugar nenhum e junto de ninguém a minha felicidade em Deus: esta dependência dEle, esta intimidade com Ele é parte integrante e evidente de cada molécula de ar que respiro, de cada milímetro de chão que piso, de cada fracção de segundo que existo...

Contudo, o que é certo é que, após uma infância e adolescência caracterizadas pela procura incessante, achava agora já estar pois na posse de todos os instrumentos mentais e morais para discernir o que é verdadeiramente importante na minha vivência como Igreja.

Vejo porém que talvez seja a hora de admitir que, afinal, a aversão à luz está ainda bem mais presente do que poderia imaginar.

A Catequese, p/ ex., tem ainda muito de obrigação e muito pouco de vocação...

Por um lado, as crianças e adolescentes são ainda obrigados a 'ir' à catequese, a 'assistir' à Missa, a 'fazer' a Primeira Comunhão (e a segunda, terceira?)... Mais por tradição do que por convicção, os pais baptizam os filhos e as filhas numa fé que os próprios desconhecem... As crianças são matriculadas na catequese porque o propósito de dever e obrigação assim o determina. Um propósito que porventura nunca foi deveras evangelizado... Mais do que viver com(o) Jesus, o importante para a maioria dos pais é que a criança / adolescente cumpra os ritos, adquira os sacramentos e... missão cumprida! O resto é 'para os outros'...

No que toca aos Catequistas, Leigos, e todos aqueles que 'abraçam a missão', por vezes a tela não é muito diferente... a confusão entre Evangelho e moralismo está bem patente... por vezes bem demais até... Assiste-se a uma cultura de contentamento em se estar nas "boas simpatias do Sr. Padre", ao invés de se procurar ser coerente na fé que professamos e na vida que levamos.

Num caso e noutro, há notáveis excepções, sim. Conheço algumas... E estas não me levarão a mal se, mesmo correndo o risco de entrar em generalizações injustas, afirmar que o cenário, de uma forma global, acaba por ser este...

O desafio é pois grande... não há como o esconder... da mesma forma que não há porque o temer...

Como Catequista, sempre procurei estar consciente do longo e por vezes sinuoso caminho a percorrer... mas esta vontade de fazer parte da caminhada é superior a qualquer cansaço ou dificuldade de entendimento... esta canseira enche-me de satisfação e faz-me feliz realizá-la, porque a cada momento saboreio o prazer de me sentir amada incondicionalmente por Alguém Maior que eu.

O que não posso esconder é, por sua vez, o desencanto generalizado que me tem assombrado no que respeita a comportamentos que assisto, que me interpelam e magoam.

Atitudes defensivas de uma certa alergia à auto-crítica que presencio em quem deveria ser parceiro de caminhada, mas que, ao contrário do que seria de esperar, acaba por se revelar pouco ou nada entusiasta e animador.

Actos que pensava só persistirem em alguns dos prelados mais conservadores, confesso...

É pena (muita pena, mesmo), quando, em vez dum parceiro, encontramos um opositor, cujo despotismo e obstinação o impede de cooperar, a menos que seja o próprio a ditar as leis.

Verifico que "o Sr. Padre" ainda é uma instituição temida, que revela uma certa falta de capacidade em escutar com tranquilidade os pontos de vista alheios e que demonstra uma enorme dificuldade em reconhecer a razão dos outros.

Verifico que predomina ainda a ideia incorrecta de que a obediência faz silenciar as dúvidas e conduz às verdadeiras respostas.

Verifico que ainda não se prima por uma discussão leal e tolerante, sem necessidade de recorrer ao autismo e à agressividade.

Verifico uma certa dificuldade em se discutirem questões complexas com tranquilidade, distanciamento e profundidade, suprimindo quaisquer tentativas de condicionar as opiniões dos outros.

Verifico uma excessiva resistência em aceitar que, felizmente, Deus É O nosso único ou principal Juiz, e abaixo dEle só a consciência de cada qual... E que, doutra forma, tudo não passa da técnica do "bota-abaixo”.

E é com base nestes e outros preconceitos, que por vezes se faz uma leitura limitada e distorcida da realidade, utilizando-se generalizações um tanto ao quanto incongruentes.

Apesar de tudo, é possível chegar à fala, sim. E por mais que uma vez. Com afecto, respeito e firmeza. Olhos nos olhos. Mas depois 'volta tudo ao mesmo'. (A verdade é que a experiência de diálogo torna-se difícil, impraticável mesmo, e definitivamente estéril, quando há menos de dois interlocutores...).

Do que a vida me tem mostrado, achava eu que esta atitude era típica de pessoas que pensam não ser amadas por ninguém. De pessoas que renunciam ser seres humanos e insistem em ser 'mais um'. Francamente, e com todo o carinho e respeito, não me parece ser o caso... Mas, e então, será culpa do sistema?

É certo que uma mudança exige processos de crescimento e maturidade, de parte a parte... de quem acolhe e de quem é acolhido... Na 'mudança' de pároco, aliei a estes dois ingredientes mais alguns, como a paciência, a motivação, a disponibilidade, a tolerância…

Mas agora, passados dois anos, o esforço revela-se quase infrutífero...

Tudo porque...

... Um pouco menos de preconceito seria importante... o preconceito não nos deixa ver, ouvir e compreender correctamente o outro.

... Um pouco mais de adaptabilidade às circunstâncias, com firmeza, sim, mas também flexibilidade, seria pertinente.... conservando sempre a dignidade.

… Tudo porque se continua a viver e a reviver o velho "complexo de Sansão"...

É uma desilusão, uma emoção estranha, de repente nos apercebermos da nossa ingenuidade, quando alguém se sente afrontado com as nossas questões.

É deveras complicado quando há tendência para o enredo em fastidiosas discussões com o intuito de se mostrar, embora sem sucesso, quem manda.

É deveras precário quando se entra em ataques, sem que estes estejam devidamente fundamentados, sem que se demonstre um mínimo de seriedade e se acabe por debater pessoas, em vez de ideias ou obras…

É deveras ilícita a avaliação e selecção de recursos baseadas apenas e somente na (in)compatibilidade interpessoal.

É deveras condenável o accionar de mecanismos menos assertivos para distanciar quem não agrada ou é inoportuno, afastando-se a apresentação de quaisquer alegações ou fundamentos válidos.

Por questões educacionais, culturais ou outras, pode até ser inquietante, mas há-que enfrentar a realidade: 'ser' só não basta... é preciso 'estar', é preciso 'amar'.

Sempre fui apologista de que tentar agradar aos outros, por si só, não é necessariamente a melhor maneira de fomentar uma relação autêntica, seja ela de amizade, laboral, social, etc...

Peço constantemente desculpa por esta frontalidade, mas é assim que eu sou. É assim que eu penso...

Obviamente que andarmos por aí a desfrutar de fama de 'medonhos', 'temíveis'... não é caminho. A coerência tem que marcar presença, sempre...

Mas daí a assistir-se a uma cultura do medo, em vez de comunhão.... bolas!

É louvável a satisfação de servir a paróquia, mas é preciso ir mais longe e amá-la.

E francamente, esperava mais... muito mais...

Mais do que uma (con)vivência de dois anos que não cultivou o saber, a crítica e a auto-reflexão, mas antes encorajou a obediência e desencorajou a pergunta.

Mais do que uma (con)vivência onde o que hoje está muito bem, amanhã... está muito mal...

Quando as questões são feitas para crescer... e a mensagem não é devidamente compreendida... isso não é bom...

Quando as inquietações, colocadas em tempo e lugar precisos, procuram apenas partilhar a fé cristã.... e acabam por ser interpretadas como 'afronta' ou tratadas com desleixo... isso também não é nada bom...

Quando o modo de viver esta fé é feito com liberdade, audácia, criatividade e responsabilidade... mas não 'encaixa' no argumento (que impressiona, mas é fraco), da submissão e da obediência.......

A necessidade de espaço para pensar e a carência de tempo para meditar, acolhidas com desprezo... e desigualdade!

Bom, o que é certo é que cansa ser-se presenteada constantemente com estes e outros mimos...
(embora a tendência seja para se continuar a agir como se nada fosse...).

E quando as coisas estão prestes a chegar ao rubro, parece que o Evangelho de Jesus e a mensagem messiânica só atrapalham... e ficam na gaveta bem guardadinhos... para se dar lugar a uma convivência que de caridosa tem muito pouco...

Nunca o ditado "olhai o que eu digo e não o que eu faço" fez tanto sentido...

Caramba! Esta discrepância da mensagem cristã.... Esta condição em que o pároco se torna 'uma Igreja' difícil de compreender... :-(

Esta moralidade tão flexível…

O meu conceito de comunhão ('comum união'), obviamente desprovido de qualquer rigor teológico, prende-se a uma pluralidade de modos diferentes de ver, agir, sentir, numa mesma Igreja...

Uma Igreja que não afasta ou julga quem não pensa, não age ou não sente o mesmo que eu (Mt 7, 1-5).

Uma Igreja que, ao dar a conhecer a mensagem cristã, se esforça por incarnar a beleza da Boa Nova de Jesus.

Com todo o carinho, espero que um dia isso ainda aconteça....

Mas porque "Um homem só tem direito a olhar outro de cima, quando irá ajudá-lo a levantar-se" (Gabriel García Marquéz) a minha admiração por Jesus Cristo continua inabalável, apesar de tudo...

Felizmente....

Importante, importante, é esta certeza!

O conflito poderia arrastar, inevitavelmente, uma necessidade de afastamento, de desencanto, de desalento e desânimo totais... (Estaria em condições de enumerar uns cinco ou seis casos... )

Mas esta necessidade primária de O levar, de não guardar só para mim este Amor tão grande, é algo 'meu' que o meu 'eu' não controla...

Apesar de me notar cada vez menos tolerante com determinadas práticas que, em vez de edificantes, se revelam altamente coercivas, subsiste a certeza de que Jesus Cristo nada tem a ver com questões de mera conveniência.

Aliás, de coração, tenho a ténue esperança de que esta experiência pessoal negativa me fará crescer mais ainda (como Igreja).

Mal de nós se fizéssemos as nossas opções importantes condicionados por factos externos e não pelo contrário, estimulados pelas nossas necessidades profundas...

A fé que eu vivo é uma necessidade profunda... a divergência apenas um pequeno percalço.

As incoerências não me afastam, mas antes aproximam-me mais da Igreja que eu amo, que eu quero compreender mais, para melhor a aceitar e viver.

Esta Igreja onde um dia fui baptizada, e que me deu a conhecer Jesus.

Esse Jesus que Continua a Representar O Ideal de Vida pelo qual todos devemos continuar a lutar, crentes e não crentes. É que, como diz o M. (um amigo, ateu assumido) «o que é certo é que não só a existência histórica dO Homem Jesus, como o Valor da Mensagem que Trouxe, não podem ser postos em causa».

Esse Jesus que Atravessou toda a História e hoje Continua Presente na sala de Catequese, patente nos bate-papos no Messenger, infiltrado nas paredes do meu quarto, sentado no lugar ao lado no autocarro, acessível nas conversas de café... e que, contudo, apesar de perenemente Presente, parece que continua a "saber a tão pouco".... :-)

Por causa desta saudável indispensabilidade, é que acompanhar crianças e adolescentes no seu caminho de fé, dentro das minhas limitações mas atendendo a esta necessidade iminente de O anunciar, é um serviço que sempre vivi com muito amor e dedicação. É algo que é essencial: transmitir aos outros a minha alegria de acreditar em Jesus. Não importou nunca a distância, as (eventuais) dificuldades financeiras ou outras, as provocações ou desafios exteriores...

Esta alegria verdadeira de fazer brotar em mim, o mais possível, a imagem de Deus, supera quaisquer contrariedades ou obstáculos. Este querer incessante de levar o outro a uma paixão por Jesus....

É injusto (é maldade!) guardar só para mim esta certeza que me acompanha: Deus Ama-me, Ama-te, Ama-nos...!

Encontro na missão de Catequista a vontade interior de me abrir a todos, e dar, sem peso nem medida, testemunho da intimidade divina que experimento.

É por aqui que eu vou! Com alegria e entusiasmo! Não um entusiasmo superficial, mas pensado de modo sério, comprometido e constante.

Um entusiasmo mais maduro e coerente (mais gratuito até!) do que o ardor de há uns anos atrás, que a minha fé (de) adolescente compreendia agora e descompreendia daqui a nada...

Hoje não!

Hoje distingo a "" da "carência psicológica de querer acreditar", por si só.

Hoje consigo 'listar' o que me condiciona, o que me bloqueia na minha experiência de fé, e identificar as suas luzes e sombras.

Hoje a minha vida cristã não se resume só a uma soma de gestos, a um arquivo de fórmulas doutrinalmente decoradas.

Hoje reconheço-me mais dependente dEle! E não me contento apenas com as 'interpretações favoráveis' que são feitas de Jesus... mas procuro escutar atenta e seriamente as exegeses diversas que surgem daqui e dali….

Hoje não só acolhi a Mensagem, como esta passou a fazer parte de mim.

Hoje é conscientemente que tomo como certa a certeza de que Deus Caminha comigo...

E com Um 'Companheiro' assim, não posso olhar para o chão! Levanto a cabeça e olho para horizontes longínquos! É para lá que sou chamada! É para lá que todos somos chamados! O apelo é universal!

Hoje, como Isaías, estou mais apta para dizer: "Eis-me aqui" (Is 6, 8).

Não me envergonho e não tenho medo dos meus sentimentos... e muito menos das minhas certezas!

Não temo as questões que levanto, as interrogações que me assolam. São fonte de um crescimento que já não é primário, mas contínuo... e normal... (não devo estar enganada)... O meu receio sim é não crescer!

E é baseada neste crescimento interior que a minha experiência com Deus se caracteriza por uma vivência cada vez mais sólida, mais confirmada.

A minha experiência de vida é garantia mais que suficiente de que Deus Está continuamente Presente, é a expressão mais que satisfatória do Seu cuidado para comigo...

Uma experiência que me convida diariamente a dar passos mais profundos.

Por falar em profundidade, alguém me disse um dia (foi o R.) que «somente em águas profundas saberemos como nos tornarmos mergulhadores»... É bem verdade!

Quem me conhece, sabe que me entrego de corpo, alma e coração àquilo em que acredito: seja no trabalho, nas relações pessoais, no meu viver espiritual... Sem protagonismos acentuados ou manifestações exageradas... procuro continuamente a perfeição, até nas coisas mais insignificantes.

E porque saber renunciar hoje, significa conquistar amanhã, desde o final do ano de catequese, recolhi-me ao silêncio, e tenho procurado ouvir a voz do interior.

O "problema" é sério e complexo, não há como o negar. Subsistem obstáculos mentais e de relacionamento a superar. Mas os ouvidos estão livres, os olhos desimpedidos e o coração aberto...

Sei que tenho que procurar reflectir não sobre a pessoa em si, mas acerca dos comportamentos da pessoa... É uma regra básica das relações interpessoais saudáveis: não posso / não devo responsabilizar o outro pelo que ele é... Pelo que ele faz, sim....

É uma reflexão que exige tempo, coerência, maturidade...

Sinto pois que é tempo de recarregar as baterias espirituais... de parar... talvez de fazer uma pausa no meu ministério como Catequista na paróquia onde sempre o desenvolvi.

Desta paragem, não farei um tempo improdutivo, mas antes uma fonte de reflexão, de busca de novas formas de encontro com Deus, de redescoberta dos alicerces da minha vocação como Católica, como Cristã, como Catequista, como Pessoa...

Não ponho de forma alguma um ponto final à experiência que me tem marcado e feito crescer ao longo de mais de uma década: Ser Catequese!

Não desanimo de que as coisas possam vir a ser diferentes... Nem posso! A minha consciência / o meu coração sentem um especial prazer em diariamente, na minha oração, saborear os tempos de graça vividos com mais intensidade enquanto Catequista: as reflexões, as brincadeiras, as surpresas, as emoções, os despertares, as partilhas, as inquietações, a aprendizagem, a camaradagem, a caminhada... A minha memória continuará a unir-me à paróquia....

Não posso ignorar o laço subtil, mas muito forte, que me mantém agarrada...

Quando houver um pouco mais de assertividade e coerência cristãs, talvez volte...

Sei que a resolução é minha... Desatar o laço, ou dar o nó...

Não, não tomo nenhuma decisão para já, o tempo é para pensar, não para decidir...

Quanto aos momentos de 'desassossego', jamais desistirei de fazer perguntas... ouso viver com elas... No centro de todas está a convicção profunda de que, com Oração, Amor e Prudência, surgirão as verdadeiras respostas. É em Deus que coloco a minha segurança. É a Ele que confio a minha missão, os abatimentos que a assolam, os júbilos que a revestem...

A certeza mantém-se: tudo o que eu sou é clara participação de Deus, na pessoa de Jesus Cristo... E isto é forte demais para guardar só para mim!

"Ide e ensinai" (Mt 28, 19-20). - Não posso, jamais, ser um sujeito passivo deste mandato...!

"A fé ... toma consciência do amor. O AMOR é luz que brilha sempre num mundo cinzento (no fundo: única luz) e nos dá a coragem de viver e de agir." (n.º 39) – Deus Caritas Est - Carta Encíclica do Papa Bento XVI sobre o Amor Cristão

23 Comments:

At 16 agosto, 2006 13:18, Anonymous Anónimo said...

:-(

 
At 21 agosto, 2006 23:44, Anonymous Anónimo said...

Olá!
Nada acontece por acaso!
Esta reflexão já é crescimento...
Simpatizei-me contigo desde a primeira vez que visitei seu blog, e mais agora quando percebo que estás a concretizar seus disabores com o 'sol do meio-dia'. É natural que estes fatos aflorem...
Voltarei a comentar.
Até breve!

Calber.blogspot.com
(calbersilva@gmail.com

 
At 26 agosto, 2006 00:38, Blogger Barbara Lucas said...

Nossa...

São muitos assuntos num post só! Mas vamos lá...

Quanto à catequese, talvez eu seja a tal excessão a que vc se referiu! Fui fruto de uma Crisma bem feita, onde dei o "sim" por vocação e, não, por imposição! Estou tralhando a Crisma na minha comunidade agora, fazendo de tudo para outros dizerem o "sim" conscientemente!

Quanto ao desabafo sobre o teu pároco... Não tenho nada a dizer!!! Mas gostaria de complementar a passagem que vc utilizou, no final do texto, com outra:

"Não podemos calar o que vimos e ouvimos!" (At 4, 20)

Oaz & Bem!!!

 
At 26 agosto, 2006 00:42, Blogger Barbara Lucas said...

Ops...

É "exceção"... E não "excessão", como escrevi anteriormente!

Desculpe!!!

 
At 26 agosto, 2006 21:59, Blogger silvino said...

sabes, marta, acho q os catequizandos que te são confiados têm muita sorte.

têm uma catequista que antes de ser catequista é cristã, e antes disso ainda é humana .. e, cm eu costumo dizer, é nessa humanidade que se conhece o divino :)

 
At 27 agosto, 2006 14:49, Anonymous Anónimo said...

A tua reflexão revela essa vocação que te está no sangue ;-) E não, não estás enganada, as tuas, as nossas perguntas são fonte de crescimento sim, quem pergunta quer saber, e querer saber é querer crescer. Bom domingo catequista!

 
At 29 agosto, 2006 19:08, Anonymous Anónimo said...

"Uma freira chega após a morte à presença de Deus para o julgamento, e Deus disse: "Conheço o teu amor para comigo; quero ouvir o que pensas da vida que te dei e do mundo donde vens." A santa mulher suspirou: "Senhor, como evocar agora o que, na tua presença, me parece, mais do que nunca, lugar de horrível desterro?" Sobre os humanos disse: "Sempre pensei, Senhor, que são criaturas vis, manchadas com o lodo do pecado, obstinando-se nas suas próprias misérias, ignorantes da sua infinita pequenez e da sua enorme maldade." E o mundo?", perguntou o Senhor. "Vale de lágrimas, pátria de aflitos, arena de lutas, cela de mortificação", respondeu. E o Senhor observou: "Sem dúvida, sem dúvida... Mas também há algumas coisas belas: um pôr do Sol, as flores, certas paisagens..." A freira: "Escolhi para passar os meus dias um lugar tão árido que nem a erva conseguia crescer."

Deus proferiu a sentença: "Pobre mulher! Como te atreves a julgar assim a minha obra? Pensaste encontrar na terra apenas negrura e maldade e dores e lágrimas. Sempre lágrimas. Volta outra vez ao mundo. Conhece-o. Ama um homem, cuida de uma flor, saboreia um fruto, enche o teu coração até transbordar de afecto por toda a criatura, descobre e compreende a beleza que há na vida, a alegria que existe em viver, e depois volta."

Hoje já não é tanto assim. Mas será que os crentes já perceberam que é ilusório pretender chegar a Deus sem o mundo? A sabedoria da fé consiste em amar este mundo em Deus e Deus neste mundo. Deus sem o mundo não passa de ilusão, mas o mundo sem Deus não tem horizonte nem Sentido último.

(Artigo completo aqui http://dn.sapo.pt/2006/08/06/opiniao/deus_e_fuga_mundo.html)


Querida catequista se as tuas sessões e a tua vida pautarem-se pelos textos que escreves etão estás a amar sem dúvida Deus e o mundo e a fazer o trabalho certo. Continua a relatar as tuas experiencias que o teu testemunho é evangelização. É bom ler-te
Abraço

 
At 31 agosto, 2006 10:28, Blogger PDivulg said...

Que looooongo post... Bem, apenas deixo aqui o meu testemunho de catequista. -1- Não há catequizandos perfeitos porque a sociedade afasta-se a largos passos de Jesus, e mesmo aqueles que tem interesse em conhecer Jesus acabam por ser "abafados" pelos outros. -2- Não há párocos perfeitos, São poucos, os poucos a maior parte está velha e cansada, mesmo tentando dar o seu melhor muitas as vezes cansam-se a "administrar a paróquia" em vez de ser um verdadeiro apóstolo são mais uns administradores paroquiais, que se esforçam (reconheço não ser fácil) em ter os seus sistemas a funcionar. -3- Não há catequistas perfeitos, ser catequista é acima de tudo ter um testemunho de vida cristã. Mesmo que não seja Mestrado em código canónico tem de viver em primeiro lugar. Se a sua vida,as suas acções, as suas palavras forem coerentes como o evangelho então já será um bom catequista. A Catequese não é uma escola, mas sim uma vivência, uma caminhada entre um grupo que quer conhecer mais Jesus.
Para finalizar apenas acrescento que acredito que o futuro da catequese não passará pela forma "escolar" que conhecemos, penso que o futuro da catequese passará para uma forma de catequese mais íntima, familiar, com pequenos grupos em casa de particulares que amam e querem seguir Jesus. Porque assim como está não está a caminhar para Jesus...

 
At 31 agosto, 2006 13:37, Anonymous Anónimo said...

A Igreja percisa de ser evengelizada... essa é que é a verdade. Ninguém dá o que não tem. A instituição Igreja Católica ainda não está conciente de que os tempos de imposição e de submissão já eram. À dias um sacerdote falava a expressão "Filhos ADOPTIVOS de Deus" quando se referia a duas crianças que morreram e não eram baptizadas em igreja nenhuma. Aqui está, mas não somos TODOS filhos de Deus???? E do mesmo Deus???? Para a igreja uns ainda são filhos e outros enteados. É pena porque esta 'instituição' até tinha tudo pra dar certo se não se esquecesse daquela parte do amor a Deus e ao próximo.

Oliveira

 
At 01 setembro, 2006 20:17, Anonymous Anónimo said...

Oi menina, depoimento complexo o teu.Impossível opinar com apenas uma leitura.É preciso muita reflexão.A priori só o que posso dizer: não desistir nunca.O caminho é longo e penoso, tal qual o do calvário.É lançar a semeadura.Os frutos virão.
Um grande abraço.

 
At 06 setembro, 2006 09:38, Blogger Paulo said...

Infelizmente cada vez se vê mais aquilo que dizes tão prolongadamente na nossa Igreja. Cada vez se vê mais, as outras igrejas a atrairem mais fieis há sua. Parece-me que a Igreja Catolica, não que tenha que ser mas, se está a afastar do seu rebanho. Penso que dever-se-ia mudar um pouco o " sistema" porque, corremos o risco das nossas igrejas ficarem vazias, lamentavelmente.

 
At 06 setembro, 2006 23:03, Anonymous Anónimo said...

"Não posso dar-me a quem me não sabe prender"
Barney, Natalie

 
At 11 setembro, 2006 12:24, Anonymous Anónimo said...

Marta francamente não me surpreendem as tuas palavras. A selecção (como tu dizes) das pessoas com quem os parocos trabalham não obedece muitas vezes aos critérios mais acertados e baseiam-se mais em simpatias e 'favores' do que propriamente na vocação de cada qual. Lamento Marta que desta vez a rifa te tenha saido a ti, mas estas injustiças multiplicam-se em inumeras paroquias. Revolta sim quem tem vontade de trabalhar mas quem manda, manda! Isto já vem de cima, a culpa nem é de todo dos padres, coitados, estes seguem um regime e obediencia que assimilaram no seminario. Como dizes e muito bem: é pena!
Beijo
JR

 
At 15 setembro, 2006 01:39, Blogger Barbara Lucas said...

que lindo
bjo, segue o caminho!
abraço dos peregrinos
Babi e Zé

 
At 15 setembro, 2006 11:56, Anonymous Anónimo said...

Descobri hoje este blog e já 'devorei' tudinho. Autenticidade,criatividade, emoção. Obrigado.

 
At 15 setembro, 2006 16:35, Anonymous Anónimo said...

Como li num dos teus posts e muito bem a Catequese não é só dentro de quatro paredes de uma sala.
A vida sim é Catequese.
Deus não vai amar-te menos, ELE continua a contar contigo e com todos aqueles que lhe são o seu SIM de forma gratuita e sincera.
Abraço, Paulo Silva

 
At 16 setembro, 2006 11:36, Anonymous Anónimo said...

"
ACHAS QUE DEUS TE QUER?

Há gente que não se acha digno da atenção de Deus.
Há gente que se considera tão “inútil” que perdeu a esperança.
Sem razão, aparentemente!


Senão vejamos algumas pessoas que Deus escolheu para uma tarefa (MISSÃO) particular:

ABRAÃO era velho demais para ser pai.
ISAQUE era um sonhador.
JACOB era um mentiroso.
MOISÉS era gago.
GIDEÃO teve medo de enfrentar os adversários.
SANSÃO tinha cabelos compridos e era mulherengo.
RAABE era prostituta.
JEREMIAS e TIMÓTEO eram muito jovens no seu ministério.
DAVID teve um romance extraconjugal e foi um assassino.
ISAÍAS falou (nu) em público.
JONAS fugiu de Deus.
NOEMI era viúva.
JOB faliu, ficou miserável e doente.
OSEIAS casou com uma prostituta.
JOÃO BAPTISTA comia gafanhotos para se alimentar.
PEDRO negou a Cristo.
SIMÃO era guerrilheiro.
DISCIPULOS de Cristo adormeceram enquanto oravam e abandonaram-no.
MARTA preocupava-se demais com tudo (tarefas) o que era material.
MARIA MADALENA foi uma pessoa perturbada psicologicamente (a biblia diz que tinha sete demónios).
Uma mulher SAMARITANA foi divorciada... Mais do que uma vez.
ZAQUEU era baixinho.
PAULO era religioso demais, extremista.
TIMÓTEO tinha uma úlcera.
LÁZARO ESTAVA MORTO!...

Ainda achas que Deus não quer nada contigo? "

Aqui: http://jovensemissao.blogspot.com/


Dany
(danygon@aeiou.pt)

 
At 18 setembro, 2006 19:49, Anonymous Anónimo said...

Bom, pelo que li,é caso para dizer: Marta, Marta, andas atarefada com muita coisa quando uma só é necessária ;-)
Escolhe a melhor parte: e Deus é a melhor parte, só Deus importa!
Gostava de partilhar contigo uma experiência semelhante que vivi á alguns anos.
O meu email - carla-d@mail.pt

 
At 19 setembro, 2006 20:40, Anonymous Anónimo said...

Nós Catequistas temos de ser as primeiras a pôr o orgulho de lado e a mostrar porque é que somos Catequistas! Por fé mais do que para agradar.

Acredito que vais conseguir resolver a questão com o teu pároco,é uma questão de tempo e de conversarem com calma.
Quanto á crise na Igreja já não estou tão otimista lamentavelmente :(

Forte Abraço

Nanda

 
At 21 setembro, 2006 14:52, Anonymous Anónimo said...

Olá!

Sou catequista na diocese do Porto. O teu testemunho impressionou-me muito. Obrigada por partilhares essas emoções tão fortes.
Vou dar catequese aos pequeninos do 1 ano. Gostaria de saber se tens algum material para partilhar relacionado com estas idades, pelo que percebi já deste catequese a este ano. Mando um email com os meus contactos.
Beijinho

Isabel

 
At 26 setembro, 2006 21:04, Anonymous Anónimo said...

:-(

 
At 18 julho, 2007 10:45, Blogger Maria João said...

Na próxima sexta-feira, dia 20, realiza-se uma oração de TaiZé pelo Darfur , às 19h45m, na Igreja de S. Nicolau, na Baixa de Lisboa.

Participa e divulga! Se não puderes estar presente, reza na mesma.

bjs em Cristo
Maria João
Fé e Missão (Missionários Combonianos)

 
At 30 agosto, 2007 09:56, Anonymous Anónimo said...

oi......... sou a ana sofia e gostaria que me adicionasses no teu mail: topiabraga@hotmail.com ou entao vai a topiabraga.blogspot.com e deixa la o teu

 

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