segunda-feira, janeiro 09, 2006

O Balanço dos 6 'C'

Vejo na palavra e no acto 'avaliação' uma vertente de carácter fortemente positivo, quando feita adequadamente.

O que hoje trago em jeito de sugestão é um exemplo de uma avaliação que pode ser feita depois de um certo tempo de caminhada catequética. Tanto pode funcionar como ponto de situação da caminhada percorrida até então, como ponto de partida para aspectos a melhorar, a erradicar, e/ou a preservar.

Pessoalmente, costumo fazê-la no início do segundo período, após a pausa na época natalícia.

Este ano, com os mais pequeninos (1º ano), esta avaliação será feita de uma forma integral e aprofundada somente entre as catequistas que estão no grupo... Na sessão com os catequizandos, procurar-se-à sim, em jeito de diálogo, abordar, "ao de leve", os vários pontos que constam deste balanço.

Com a turma do 6º ano, dado que estamos juntos desde há três anos, e, consequentemente, já existe uma in[(tegridade)(timidade)] e um sentido de equipe bem orientado, aliado ao facto dos catequizandos (já) terem 12, 13 anos de idade, reúnem-se as condições necessárias para que esta apreciação seja feita com o grupo, até na forma de uma dinâmica, a fazer, quem sabe, no seguimento de uma partida das "orelhas" ou da "pesca" que por vezes são jogadas nos minutos que antecedem o horário da sessão de Catequese...

Ora então, aqui fica uma sugestão para esta dinâmica:

Construir uma carta de baralho semelhante à apresentada na figura, em tamanho gigante. Cada coração deverá abrir como uma janela, e no seu interior aparecer um dos "C" descritos de seguida.
Dialogar sobre cada um dos pontos que for sendo revelado (as questões colocadas à frente de cada "C" podem servir de orientação e de base ao diálogo).



1- COMPROMISSO: os catequizandos comprometem-se com o grupo? O grupo compromete-se com cada catequizando? E o catequista? Há um esforço comum para que as tarefas assumidas sejam adequadamente desempenhadas por todos? Como estão a pontualidade e a frequência aos encontros?

2- COOPERAÇÃO: há preocupação de todos com o bem geral do grupo? O ambiente é de entre-ajuda ou os catequizandos esperam tudo do catequista? Há interesse em ajudar na preparação dos encontros ou uns "empurram" para os outros?

3- CONCENTRAÇÃO: são todos capazes de levar uma reflexão até o fim ou dispersam-se em conversas paralelas? O ambiente nos encontros está mais para momentos de crescimento na fé ou parece-se como uma “escola”? Há demonstração de maturidade?

4- CRESCIMENTO: em relação aos primeiros encontros, é possível notar algum amadurecimento no grupo? Há também algum sinal de amadurecimento individual de cada catequizando e de cada catequista?

5- CRIATIVIDADE: a turma tem-se assumido como espontânea e descontraída? Que factores têm colaborado ou dificultado? Os catequizandos apresentam sugestões para a caminhada? Parecem interessados ou demonstram que estão na Catequese por imposição?

6- CARINHO: a amizade está a evoluir no grupo? Ou o grupo parece-se mais com um conjunto de estranhos que se encontram semanalmente? Como podemos perceber isso?

Do que tenho recolhido em experiências anteriores, este diálogo é um excelente trampolim para que a caminhada que ainda resta fazer ao longo do ano catequético seja assumida ainda com um maior sentido de compromisso, para além de estimular a convivência grupal e o empenhamento comum desta tarefa de fazer Catequese.


É que, afinal (e adulterando um pouco o slogan que tem passado na TV):
Catequizar... toca a todos!


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(proposta de dinâmica recolhida a partir dum artigo publicado em http://www.psjbosco.com.br)

5 Comments:

At 10 janeiro, 2006 09:09, Anonymous Anónimo said...

Bom dia...
Obrigada por partilhares mais esta 'ideia'.
Um beijinho grande **

 
At 10 janeiro, 2006 14:40, Blogger Paula said...

é um exercício interessante, esse dos seis corações. Beijinhos grandes.

 
At 11 janeiro, 2006 01:40, Blogger Espanhol said...

Muito interessante...

 
At 11 janeiro, 2006 07:37, Blogger José Avlis said...

Cara Marta

Não podia, ou não devia, deixar de lhe responder directamente a agora mesmo, dado que foi super-simpática/generosa no elogio/apoio que fez/deu ao/no blogue Nova Evangelização Católica.

Também o seu blogue é "puro néctar", pode crer, talvez ainda mais que o "meu/nosso" Nova Evangelização, pois o critério de Deus é muito diferente e superior ao dos homens, como muito bem saberá, felizmente para todos nós.

Continue assim, se não puder ser melhor, que está certamente a prestar um valioso serviço a Deus Nosso Senhor e a muitas Almas, não só como Catequista, mas também como Bloguista (ou Catequista da Net).

E, para além disso, considere-se muito feliz e privilegiada, por mais adversidades que tenha na sua vida particular e pessoal (desde que sejam da vontade de Deus), pois receberá certamente larguíssima recompensa a seu tempo, e se não for já neste mundo será certamente na Eternidade, e isso nos basta, pois é muitíssimo mais do que alguma vez 'merecemos', mas apenas pela Misericórdia Divina e pelos infinitos Méritos de Cristo Senhor Nosso.

Conte com as minhas humildes orações, e já agora peço que me associa às suas, dentro do possível.

Abraço fraternal reconhecido
José Mariano

 
At 11 janeiro, 2006 09:40, Anonymous Anónimo said...

Esta forma de estares perante a Catequese atrai-me. Continua�ao de bom apostolado

 

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